segunda-feira, março 26, 2007

Narrativa desencontrada sobre Borat, o filme inassitível



Sabe-se que mais um mega-cinema foi inaugurado em Goiânia. Aliás, dessa vez o “mega” pretende mesmo fazer jus ao título, já que veio com pedigree. A outra mega – não assim como a primeira – empresa de telefonia comprou inteirinha uma noite da inauguração e convidou a todos os seus bem-tratados clientes para uma sessão exclusiva, com direito a acompanhante e pipoca. É claro que moi não deixaria de comparecer, afinal abateria alguns reais da minha conta telefônica.

Pois bem, nos foram disponibilizados oito filmes, sobre os quais eu possuía pouca ou nenhuma informação. Optei por um tal “Borat” – palavra cuja imagem acústica me levou àqueles filmes poéticos, lentos, sensíveis, vindos do Oriente Médio. A impressão foi confirmada quando a moça da bilheteria, ao ser perguntada sobre o filme menos cotado da noite, respondeu que era esse mesmo.

Mas o que estava por vir, o destino que me aguardava era bem diferente do que minha bondosa imaginação fizera parecer. Deparei-me com um grotesco Mr. Bean do Cazaquistão. Socorro!!! Mais do que isso não posso dizer, a não ser que o moço vai parar nos Estados Unidos, onde pretende tirar sarro da civilização – se for possível imaginar a intenção de um filme como esse – e faz cocô no meio da rua. Grande piada! Até Crocodilo Dandy já tinha feito isso.

Não tenho muito a me queixar, já que abandonei a sessão nos seus primeiros dez minutos. Nunca pensei que pudesse ser tão reconfortante sair da sala de cinema e respirar o shopping.

suene honorato

9 Comentários:

Às 28/3/07 00:11 , Anonymous Anônimo disse...

As revoltas são assim, às vezes tão patéticas que merecem risos! Se eu não fosse cúmplice de longa data teria ficado constrangido. É mesmo. Já no quinto minuto do filme eu olhei de lado e ri. Sabia que a ranzinzice da Suene não resistiria. O filme é mesmo rídiculo. Faz tipo de massa, mas é besta. Taí! A cagada do Cazaquistão! O pior, todo mundo ria aos montes. Imagina. huaehuahauheh!!!
Devia ter um espetinho e uma antártica de garrafa no shooppis, pra levar pro cinema. Aí valia a cara da autora! hehe!!!

 
Às 31/3/07 23:00 , Anonymous Anônimo disse...

tiiiiiiia Sueeeeeeneeeeeeeee!

 
Às 15/4/07 09:42 , Blogger Carta para depois de minha morte disse...

Prezada Suene Honorato

Em minha opinião, a senhora não entendeu a piada. Acho que "Borat" é um dos filmes mais anárquicos e hilariantes das últimas décadas. Mistura de Michael Moore com Monty Python. Coloca a nú a hipócrita sociedade americana (judaica-cristã ocidental em geral), usando suas próprias palavras e preconceitos. Ademais, não creio que ser um mister Bean do Cazaquistão seja demérito (apesar de não ver semelhanças entre os dois comediantes). Respeitosamente. AL

 
Às 15/4/07 18:38 , Blogger Unknown disse...

caro ademir,

se prestar atenção à intencionalidade do texto, verá que não pretendi analisar a piada... inclusive pq deixo claro q só assisti aos 10 primeiros minutos.

assim como a apresentação dos documentários de michael moore, a piada em borat me parece um tanto quanto desgastada, e por isso a rejeito. não vejo pq ele poderia ser considerado "um dos filmes mais [qualquer coisa] das últimas décadas". mas entendo q sua afirmação é apenas um exagero... como o é também a minha, ao dizer sobre a "falta" de intenção do filme, o q, obviamente, é impossível a qualquer produto cultural.

resta aqui uma questão de gosto, de opção pela forma como essa intenção é apresentada. definitivamente, não é a q considero mais eficiente, pq escancara a crítica, como vc mesmo disse, o q faz q ela beire o senso comum mais rasteiro. mas isso, talvez, seja necessário ao grande público... infelizmente.

 
Às 15/4/07 23:07 , Blogger Carta para depois de minha morte disse...

Cara Suene

Creio que realmente, no final, acaba se tornando mesmo uma questão de figado (gosto!).
De qualquer forma, sigo como defensor de "Borat" (quatro estrelas). Achei-o interessante e, sim, original. Não conheço nenhum outro falso documentário que, ao mesmo tempo, é também um documentário real. Você conhece?
O fato de "Borat" ser assimilável pelo grande público é ótimo (só a cena em que ele canta o hino americano chamando, de forma sacana, Bush de senhor da guerra é uma aula de política) e não é incomum dentre os bons filmes de todos os tempos. "Ben-hur", "... e o Vento Levou" e mesmo "Lawrence da Arábia" são todos cinemão de Hollywood...

grato pela atenção. AL

 
Às 16/4/07 17:04 , Blogger Unknown disse...

(para além de borat)

ademir,

dizem q a grande vantagem do humor é mesmo a sua fácil assimilação. concordo com vc. o problema não é o fato de q haja coisas boas e assecíveis. isso não é um paradoxo. também defendo q o bom cinema não deva ser necessariamente o cinema "cult" (aliás, esse é um discurso q me cansa...). mas vejo como defeito o fato de q o público não faça distinção entre a boa e a má acessibilidade. o q lamento é q só o último critério pareça estar em vigor...

 
Às 21/4/07 22:34 , Blogger Carta para depois de minha morte disse...

Prezada Suene

Um ditado alemão diz: a diferença entre Mozart e Saliere é de apenas uma nota musical, mas uma nota que faz toda a diferença.
Da mesma forma, a diferença entre Jerry Lewys e Jim Carrey é de apenas uma careta. Mas que também faz toda a diferença.
Em tempos de Guilherme Zaiden, Borat não é nada mau.

Respeitosamente. AL

 
Às 8/5/07 22:05 , Anonymous Anônimo disse...

professoraaa é isso ai
,,
cara tu é muito fodaaa
pireiiii

 
Às 8/5/07 22:06 , Anonymous Anônimo disse...

tiaaa acaba com eless...

 

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